"Acordei no meio da madrugada, assim, de chofre, os olhos arregalados para a luz azulada, que invadia o quarto, vinda da televisão. Calculei mal o tempo. Achei que, como de costume, o sono demoraria a chegar, pois não tenho sido freqüente merecedor das fantasias enfim realizadas, do beijo recuperado e do abandono dos sonhos. Mas apaguei logo e o aparelho estava programado para adormecer noventa minutos depois, de modo que, quando já estava no portal, correndo de braços abertos para todos os que partiram, o sussurro contínuo das vozes dos cientistas me trouxe de volta, subitamente aprisionado bem no meio do bloco escuro que era o silêncio da madrugada." - ISSO TAMBÉM PASSARÁ, por Miguel Falabella.
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