Assim como os vícios, hábitos também são difíceis de largar. Quebras na rotina sempre perturbam. Mesmo quando o hábito é que abandona a gente.
"Sai de Baixo", programa exibido pela Rede Globo aos domingos, era um hábito. Foram seis anos de exibição, com mudanças de elenco, intrigas de bastidores, quedas e elevações de audiência, participações especiais memoráveis.
Criado para enfrentar o líder de audiência, "Topa Tudo Por Dinheiro", o programa não só atingiu seu objetivo, como superou as expectativas.
Para as gerações mais novas, parecia uma novidade na televisão. Mas os veteranos sabiam que a fórmula não era uma inovação. Realizado nos mesmos moldes da antiga "Família Trapo", inclusive na sua interação com a platéia, o programa reciclou algumas piadas, abusou de estereótipos, mas criou muito também. Divulgou nacionalmente talentos como de Márcia Cabrita e Luiz Carlos Tourinho; confirmou outros, como de Marisa Orth.
Ao longo desses seis anos, "Sai de Baixo" teve um pouco de tudo. Com a velocidade de desgaste da TV, o programa não se manteve líder de audiência sempre e chegou a sofrer várias outras ameaças de sair do ar. Em 1997, a primeira baixa: Cláudia Jimenez (na popularíssima doméstica Edileusa) deixa o programa, cercada por histórias mal-contadas, declarações contraditórias e intrigas de ego. Dois anos depois, Tom Cavalcante segue o mesmo caminho em busca de um trabalho solo.
Ameaças de extinção do programa também não faltaram. Todo final de ano era assim. Reprise dos melhores episódios e no ar a mesma pergunta: "Sai de Baixo" pára ou continua?
"Sai de Baixo", com seu deboche ao preconceito, conseguia unir os "Cacos", "Magdas" e "Edileusas" do Brasil uma vez por semana, rindo de si mesmos, através de uma das poucas armas da mais absoluta democracia: o senso de humor.
* "Adeus ao Besteirol"
História das histórias - Edição 99 de 28-12-2001 - Autoria e Cia.
"Sai de Baixo", programa exibido pela Rede Globo aos domingos, era um hábito. Foram seis anos de exibição, com mudanças de elenco, intrigas de bastidores, quedas e elevações de audiência, participações especiais memoráveis.
Criado para enfrentar o líder de audiência, "Topa Tudo Por Dinheiro", o programa não só atingiu seu objetivo, como superou as expectativas.
Para as gerações mais novas, parecia uma novidade na televisão. Mas os veteranos sabiam que a fórmula não era uma inovação. Realizado nos mesmos moldes da antiga "Família Trapo", inclusive na sua interação com a platéia, o programa reciclou algumas piadas, abusou de estereótipos, mas criou muito também. Divulgou nacionalmente talentos como de Márcia Cabrita e Luiz Carlos Tourinho; confirmou outros, como de Marisa Orth.
Ao longo desses seis anos, "Sai de Baixo" teve um pouco de tudo. Com a velocidade de desgaste da TV, o programa não se manteve líder de audiência sempre e chegou a sofrer várias outras ameaças de sair do ar. Em 1997, a primeira baixa: Cláudia Jimenez (na popularíssima doméstica Edileusa) deixa o programa, cercada por histórias mal-contadas, declarações contraditórias e intrigas de ego. Dois anos depois, Tom Cavalcante segue o mesmo caminho em busca de um trabalho solo.
Ameaças de extinção do programa também não faltaram. Todo final de ano era assim. Reprise dos melhores episódios e no ar a mesma pergunta: "Sai de Baixo" pára ou continua?
"Sai de Baixo", com seu deboche ao preconceito, conseguia unir os "Cacos", "Magdas" e "Edileusas" do Brasil uma vez por semana, rindo de si mesmos, através de uma das poucas armas da mais absoluta democracia: o senso de humor.
* "Adeus ao Besteirol"
História das histórias - Edição 99 de 28-12-2001 - Autoria e Cia.